CRIADORES DE OUTROS MUNDOS

Ana Kariri

Professora e arte-educadora, pertencente ao povo Kariri – Paraíba. Atualmente trabalha no Museu do Índio e cursa licenciatura Intercultural Indígena pela Faculdade do Amapá. Integra o Conselho de Cultura de Duque de Caxias, é oficineira do Projeto Redes de Museus e integra o Coletivo Indígena Nacional Tuxáua. Recebeu o prêmio Arte em Movimento – MMMR (Movimento Mundial Mulheres Reais) sendo reconhecida pela luta na arte e na poesia de resistência indígena.

Ele Semog

Poeta e contista, secretário executivo do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. Mestre em História Comparada pela UFRJ|PPGHC. Suas principais obras são: “Curetagem”, Poemas, Ed. do autor – 1987; “A Cor da Demanda”, Poemas, Ed. Letra Capital, 1997 e Ed. Malê, 2018 – 2ª ed.; “Tudo que Está Solto”, Poemas, Ed. Letra Capital- 2010; “Guarda pra Mim”, Poemas, Ed. Letra Capital, 2015; “A Galinha Garnisé e outros Eusébios de Queirós: Racismo na Sociabilidade Brasileira”, artigos – Ed. Letra Capital – 2020.

Ìyá Marli Ògún Méjìre Azevedo

Ìyálòrìsá do Território Ancestrálico Egbé Odé: Centro Cultural Rouxinol, em Guapimirim, Baixada Fluminense. Graduada em Serviço Social, especializada em Formulação e Gestão de Políticas Públicas e técnica em Assuntos Educacionais do Colégio Pedro II. É militante do Movimento Negro Unificado e mestranda de Filosofias Africanas no IFCS|UFRJ. Pesquisadora do Laboratório Ousia da UFRJ e do Geru-Mãa. Co-coordenadora do projeto de extensão Rodas de Filosofia e Transculturalismo: uma filosofia de negociação da UFRJ.

Silene Ribeiro

Professora da rede pública estadual do Rio de Janeiro. É historiadora, formada pela UERJ, com ênfase em História das Populações Indígenas e do Indigenismo no Brasil. Pesquisadora sobre as populações indígenas no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Mestre em História pela UFF. Doutora em História pela UFRRJ. Publicou os livros “A Maçã Mordida”, em 2012, e “Índios, Guerreiros e Úteis Povoados: Um estudo sobre a Aldeia de São Pedro de Cabo Frio (Séc XVII-XVIII)”, em 2015.

Babá Adailton Moreira d’Ogun

Coordenador do Projeto Alajô – Novos paradigmas para uma sociedade sem racismo e violência. Membro da RENAFRO-RJ. Doutorando em Bioética pelo PPGBIOS – UFRJ. Mestre em Educação pela UERJ, tendo defendido em 2018 a dissertação “Infância nas Redes Educativas de Iemanjá no Ilê Omiojuarô”. Recebeu a medalha de Mérito Pedro Ernesto da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, das mãos da vereadora Marielle Franco, em 2017. Em 2018 recebeu o Prêmio Culturas Populares do MINC – Edição Leandro Gomes de Barros, in memoriam de sua mãe biológica, Mãe Beata de Iemanjá. Segue mantendo o legado de Mãe Beata à frente do espaço sagrado, a Comunidade de Terreiro Ilê Omiojuarô, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

Mestre Paulão Kikongo

Criador da Rádio Capoeira, da Universidade da Capoeira e do Guia da Capoeira. Mestre em Patrimônio, Cultura e Sociedade pela UFRRJ; Especialista em Patrimônio, Cultura e Sociedade pela UFG; Pesquisador do Grupo de Estudos Patrimônio e Cultura Afro-Brasileira pelo CNPQ (GEPCAfro) e do LEAFRO (Laboratório de Estudos Afro-Brasileiro e Indígenas) da UFRRJ. É bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes; Membro do Grupo de Trabalho da Salvaguarda da Capoeira no Rio de Janeiro – GT/IPHAN, membro do Icomos-Brasil, membro do Conselho Editorial da Revista Aú e da Revista Íbamò.

Obalera

Homem negro de Candomblé. Cientista social pela PUC-RIO e mestrando em Filosofia pela UFRRJ. Pesquisador-ativista na área de relações raciais. Como escritor e poeta desenvolve trabalhos autorais sobre racismo religioso e que também buscam afirmar e difundir os valores político-filosóficos e a beleza das religiões de matriz africana. É colunista da Revista Kobá e da comunidade Ataré Palavra Terapia. Em 2019, publicou o ebook “Por uma perspectiva afrorreligiosa: estratégias de enfrentamento ao racismo religioso”, publicado pela Fundação Heinrich Böll. É educador popular e brincante da Companhia de Aruanda.

Ogan Bangbala

Nascido em Salvador, Bahia, no ano de 1919. Com apenas 14 anos se iniciou no cargo de Ogan. Luiz Ângelo da Silva, o Ogan Bangbala, é reverenciado como a história viva do Candomblé por ser o Ogan, vivo, mais antigo do Brasil. É também artesão e confecciona diversos instrumentos musicais percussivos. De forma oral, transmite sua cultura e suas memórias através de sua religiosidade, além de possuir uma das mais belas vozes que disseminam as cantigas de Candomblé. Coleciona inúmeras homenagens, por isso está em livros, reportagens, CDs, filmes, além de ter recebido, em 2014, do Ministério da Cultura, o título de Comendador, a Ordem do Mérito Cultural, honraria dedicada a personagens que se destacam em suas áreas de atuação a nível nacional e internacional.

Guaraciara Dias

Indígena autodeclarada e moradora de Nova Iguaçu. Cursa licenciatura em Educação na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem contribuído na implementação da Lei 11.645/08 em escolas municipais de Seropédica e pesquisado processos de autoafirmação de indígenas urbanos no estado do Rio de Janeiro.

Mam’etu Mabeji

Floripes Correia da Silva Gomes, mais conhecida como Mameto Mabeji, nasceu em 1947, na Bahia e veio para o Rio de Janeiro com 10 anos de idade para iniciar-se no Candomblé. Feita em 1947, é a sucessora de João Lessengue, seu tio, no comando do Terreiro Bate Folha do Rio de Janeiro. Mam’etu Mabeji assumiu o Bate Folha em 1972 e o comanda até os dias atuais.

Pacari Pataxó

De ascendência Pataxó, é da Aldeia Mãe de Barra Velha, Bahia. Artesão, artista visual e ativista da cultura indígena atua como multiplicador em escolas e projetos socio-culturais divulgando os costumes, os hábitos e os valores dos povos originários. Produz e executa atividades lúdicas e educativas para crianças, adolescentes e adultos.

Tabajara

Tabajara da etnia da mãe e Tapeba de ascendência do pai. É do Ceará e chegou ao Rio de Janeiro aos 20 anos. Maratonista de 74 anos, professor de Educação Física que ama esportes. Ativista na luta para conservar hábitos, costumes, tradições e culturas indígenas. Participou das Olimpíadas Indígenas em Palmas|TO e integra a Aldeia Maracanã desde 2006.

Cacique Carlos Tukano

Presidente do Conselho Estadual de Direitos Indígenas – CEDIND. Membro e fundador da Associação Indígena Aldeia Maracanã – AIAM | RJ. Luta há quatro décadas pelas causas indígenas. Da etnia Tukano | AM, hoje reside em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Jessica Castro

Mulher, mãe negra e da Baixada Fluminense. A pedagoga e arte-educadora aciona o seu fazer pelo gestual das matrizes afro-indígenas, nas pautas anti-racista, Lgbtqia+ e em ‘escrevivências’ pedagógicas a favor de nossas integridades subjetivas e coletivas.

Mam’etu Itamara

Assistente Social, mestranda no programa EICOS|UFRJ e iniciada há 27 anos como Mam’etu de Inkice no Candomblé de Angola e através dos saberes de sua avó, Sílvia de Oxalá. Rezadeira desde os 13 anos de idade.

Ton Rodrigues

Nasceu em Macapá|AP. É ator, cantor, compositor e cozinheiro da floresta.

Iyá Doya Moreira

Doya Moreira é Iyá Kékeré (pronuncia-se kekerê) do Ile Omiojuarô. Filha biológica de Mãe Beata de Yemanjá, Doya é artesã, educadora social e cozinheira. Participou, como formadora de Educadores, do projeto A Cor da Cultura, do Canal Futura e do programa “Um pé de quê?”, de Regina Casé, pelo mesmo canal, apresentando a culinária afro-brasileira dos terreiros de Candomblé.
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