As redes de cultura da Baixada Fluminense foram o tema do encontro dia 01 de julho: “Dos tratados e das redes: estética, política e ativismo”.

Da Casa Fluminense, associação que promove uma agenda comum entre outras instituições e grupos na região metropolitana do Rio de Janeiro, Henrique Silveira trouxe as práticas da ampla atuação da instituição com indicações sobre a importância da participação civil na formulação e na aplicação das políticas públicas para a cultura.

Igor Barradas, falou das redes na trajetória do Mate com Angu, que há 12 anos promove o cineclube em Duque de Caxias, e como a política está contida na estética e em seus processos criativos, numa particular cena artística.

Giordana Moreira, representando o Recult, contou como as demandas levaram a criação do Forum Independente de Redes de Cultura de Nova Iguaçu, um espaço de debate para que artistas e grupos possam dialogar com o Poder Público, se posicionando a favor da garantia de seus direitos e da participação da sociedade civil.

A designer Elaine Rodrigues, que também faz parte do Cineclube Buraco do Getúlio, apresentou “Baixada Correndo Solta”, um mapeamento feito por ela, com seus recursos e sua criatividade, que projetou a diversidade e as relações de coletivos, instituições, artistas, espaços e cidades na composição de uma cena própria.

A historiadora Renata Saavedra mediou o debate mostrando que conhece bem as dores e delícias desse fenômeno “Isso me inquieta e me encanta: a força dessa rede tanto para ressignificar territórios quanto para ressignificar relações, pôr em prática modos de produção pautados pelos afetos e pelas parcerias.”

A convivência com as diferenças, os processos horizontais, entre outras, foram questões colocadas na forte participação do público, além da simbiótica reflexão sobre a relação entre a estética e a política nas iniciativas da região. Debates que apontaram uma rede que conjuga afeto, política e território com identidade própria e infinitas possibilidades.

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